terça-feira, 1 de abril de 2014

Eu Sou A Maré Viva







      A casa cheia, o coração vazio. Escorre do meu rosto, um lamento arredio. O Veneno acabou, a festa esvaziou, o tempo da inocência terminou. Os amigos que eu fiz, e quem jamais voltou, feridas que eu abri, e a que jamais fechou. Para entrar a luz, que vence a escuridão, pra eu tentar aquecer o meu coração. Vão tentar derrubar, que é pra me ver crescer e às vezes me matar, que é pra eu renascer como uma supernova que atravessa o ar, eu sou a maré viva... Se entrar, vai se afogar. Eu canto pro universo, o meu nome e o seu e ele vai me escutar.
      Eu mandei um sinal rumo ao firmamento. Eu forneci a prova cabal desse meu desalento. A sonda vai voar até não dar mais pra ver, levando o que há de bom em mim, levando pra você. E os que não estão mais aqui. Todos se foram. Eles vão me encontrar em outra dimensão onde não existe dor, não se declara guerra, quando estamos em paz.

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